IMPRENSA CANALHA 007: FLIMS
FLIMS
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de Arthur Van Der Hella
DVD com 11 filmes em formato digital realizados durante o ano de 2007
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Alinhamento:
Berlusconi {2:50} Isto {5:17} Renato {7:34} Alberto {8:34} Wrong Address {7:17} Tony S {14:16} Mistério Oliveira {4:42} Poesia {4.50} Pai {5:52} Vingança Divina {5:11} Opel Meriva Fun {6:27}
TEMPO TOTAL: 45:12
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de Arthur Van Der Hella
DVD com 11 filmes em formato digital realizados durante o ano de 2007
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Alinhamento:
Berlusconi {2:50} Isto {5:17} Renato {7:34} Alberto {8:34} Wrong Address {7:17} Tony S {14:16} Mistério Oliveira {4:42} Poesia {4.50} Pai {5:52} Vingança Divina {5:11} Opel Meriva Fun {6:27}
TEMPO TOTAL: 45:12
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APRESENTAÇÃO
Artur Varela {Almodôvar, 1937} aprendeu escultura em Lisboa, passou por Paris {Atelier Adam} , estacionou depois durante duas décadas na Holanda e regressa a Lisboa no final da década de 80. No decurso desse périplo explorou não só a escultura em madeira e metal, mas também a pintura, o desenho, a banda desenhada e o vídeo. Após as experiências com o formato super 8 no início da década de 70 {PORTUGAL 1973} Varela regressa agora ao video, munido de uma máquina digital de topo mas usando métodos e abordagens arcaicas, das quais retira todo o proveito. Partindo da animação de imagens e formas estáticas e fazendo uso dos códigos próprios da Banda Desenhada, Arthur Van der Hella cria narrativas hilariantes sobre figuras e assuntos cruciais dos nossos quotidianos (de Nossa Senhora de Fátima a Berlusconi, de Salazar ao Opel Meriva Fun).
APRESENTAÇÃO
Artur Varela {Almodôvar, 1937} aprendeu escultura em Lisboa, passou por Paris {Atelier Adam} , estacionou depois durante duas décadas na Holanda e regressa a Lisboa no final da década de 80. No decurso desse périplo explorou não só a escultura em madeira e metal, mas também a pintura, o desenho, a banda desenhada e o vídeo. Após as experiências com o formato super 8 no início da década de 70 {PORTUGAL 1973} Varela regressa agora ao video, munido de uma máquina digital de topo mas usando métodos e abordagens arcaicas, das quais retira todo o proveito. Partindo da animação de imagens e formas estáticas e fazendo uso dos códigos próprios da Banda Desenhada, Arthur Van der Hella cria narrativas hilariantes sobre figuras e assuntos cruciais dos nossos quotidianos (de Nossa Senhora de Fátima a Berlusconi, de Salazar ao Opel Meriva Fun).
José Amaro Dionísio sobre o trabalho de Artur Varela {texto para exposição de 2006}:
Num país dominado pela cultura de Estado e onde a cultura de Estado faz o mercado e o currículo Artur Varela prossegue há décadas uma obra silenciosa e silenciada. Ainda bem para ele. O tempo é de pose e best-sellers, kitsch e entretenimento, decoração e relações públicas, de parecer e aparecer. E num tempo assim os criadores, como os leões em banquete de chacais, bem podem ficar ao largo. Nas artes e nas letras como na política e no resto há em Portugal artistas a mais para tão pouca inquietação. Que tem isto a ver com o trabalho de Varela? Tem tudo. Porque a superfície lisa desse planeta de inexistências relevantes esconde a violência do mundo que o sustenta. E violência é a matéria-prima do trabalho de Varela. Ontológica, nodal. O que a sua pintura e escultura trabalham são formas que deformam, cores que se constrangem, transfigurações do que supostamente está adquirido nos manuais do mito e da história, desagregação do sagrado, estruturas antagónicas, movimentos suspensos ou em queda. A série de bebés donde saíram as esculturas para esta exposição sublinham bem isso: são bebés, mas velhos. Corpos recém-nascidos, mas disformes. Inocência, mas conjurada. Princípio, mas já fim. Esta dilaceração de ringue é uma transposição directa das crianças a óleo que pintou antes de passar às esculturas, mas é sobretudo um tema recorrente em toda a sua obra, como o demonstram nos últimos anos a paródia à desconstrução dos painéis de S. Vicente a que chamou “Mare Portucalae” ou a sequência dos torsos de 1993.